Para aqueles que não acreditavam

A Copa América acabou, pasmem, Brasil campeão pela oitava vez, no Pan, o país acaba de conquistar sua sexta medalha de ouro e já que o mês de julho nos trouxe bons frutos, nada melhor do que a edição da Playboy deste mês.

Eu sei, vocês esperavam algo sobre futebol, mas vejam, a moça é bandeirinha, vive um embróglio com a CBF e a comissão de arbitragem por suas fotos.

Quando, e se voltar a campo, será, literalmente, vista por outros olhos por técnicos e jogadores. Isso sem falar nos torcedores, que daqui pra frente, nada poderão dizer que não seja o coro de “gostosa”.

A despeito dos que não acreditavam anteriormente, pela cereja do doce abaixo, o produto é de qualidade, com ou sem computação digital.

A única dúvida que surge é o quanto essa exposição pode atrapalhá-la na carreira da arbitragem, ou alavancá-la a estrela do momento nos programas esportivos “de primeira linha”, que contratam qualquer par de pernas para levantar o Ibope.

Chinelada da semana

O OVNI emborrachado desta semana só poderia ter um alvo: a testa do presidente do STJD, Rubens Approbato Machado, que tenta costurar nos bastidores a absolvição do Corinthians no mais escandaloso esquema de armação de resultados que já se teve notícia no País.

As escutas telefônicas feitas após denúncia dos procuradores Sílvio Luís Martins de Oliveira e Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal, que foi acatada semana passada pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, revelam conversas entre os envolvidos para acertos de resultados que evitassem o rebaixamento do clube. As gravações contemplam os últimos 14 meses, e – segundo o juiz – aparecem conversas no sentido de favorecer o Corinthians.

Mas mesmo sem ter conhecimento mais profundo das gravações feitas pela Polícia Federal que provam o envolvimento dos representantes legais do SC Corinthians Paulista na armação de resultados para que o time saísse da zona de rebaixamento, Approbato – que casualmente também é conselheiro do Corinthians – saiu na defensiva, afirmando que se pessoas físicas tinham feito acordos ilegítimos, a instituição não poderia ser punida.

Como é que é, doutor? O presidente do clube, ou seus diretores, ou investidores da parceria, são seu representantes legais conforme determinam o estatuto do clube e o contrato com a parceira MSI. Assim, falcatruas perpetradas por eles, tendo como beneficiário o SC Corinthians Paulista, são, sim, falcatruas perpetradas pela instituição.

Essa tentativa de um habeas corpus preventivo para os inevitáveis pedidos de rebaixamento que virão de parte da imprensa menos comprometida com os interesses comerciais só mostra uma coisa: é um absurdo o presidente de um órgão da justiça desportiva ser membro do conselho de um clube que pode vir a ser réu nesse mesmo tribunal.

Se fosse uma pessoa decente, Approbato deveria se declarar incompetente para opinar sobre o caso e solicitar o próprio afastamento até o julgamento, para não interferir no processo.

Em tempo: se o STJD mostrasse o mesmo empenho em resolver esse caso que mostrou em remarcar os jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho em 2005, o Corinthians já teria sido excluído da competição, com os pontos de seus jogos desconsiderados, e rebaixado para o campeonato dá Série B em 2008.

Ah, sim, mas há uma boa notícia para os corintianos: como as gravações são apenas dos últimos 14 meses, não deve vir nada à tona sobre o título de 2005, que por enquanto continua no Parque São Jorge... a menos, é claro, que as gravações falem sobre acordos passados.

O assunto mais chato do mundo

Sim, é o assunto mais chato do mundo, principalmente para nós, corinthianos cada vez mais sofredores. Mas hoje é o assunto mais importante no que toca ao Corinthians: Alberto Dualib tem (eu disse TEM) que cair. “Mesmo que para isso o Timão caia para a Segundona”, pergunta um. “Depende”, respondo eu, titubeante.

Se Dualib e seus comparsas de fato armaram resultados para livrar o Corinthians do rebaixamento, como estão dizendo que os grampos da Polícia Federal mostram, o time deve ser rebaixado – é duro, mas é verdade, e é o certo. Se ficar provado que algum tipo de armação foi feita para que o Corinthians levasse o Brasileirão de 2005 (no que eu não acredito, embora a porcada, a bambizada e o cardume fedorento adorem dizer que é verdade), deve cair também.

MAAAAS... não defendo a queda do Timão só para ver se o Dualib cai junto. E também, óbvio, não defendo a manutenção dessa podridão só para evitar que algo de pior aconteça – como defendem algumas das mais “brilhantes” cabeças da imprensa esportiva paulista, sr. Chico Lang à frente (o fantasma do Cásper Líbero vai te fazer sufocar no próprio vômito, meu caro, aguarde...).

O fato é que nunca – NUNCA – o Corinthians passou uma vergonha tão grande, e a apenas três anos de seu centenário. Amigos, a instituição Corinthians tem uma parceria firmada com a máfia russa, cujo chefe é um cara que envenena seus adversários com substâncias radioativas e quer promover um golpe de estado em sua terra natal; seu testa-de-ferro é um cara que já foi dono de jornal nos EUA e fugiu sem pagar seus credores. O principal conselheiro do presidente é um senhor que faliu um plano de saúde com práticas fraudulentas, deixando milhares de pessoas a ver navio.

E o presidente, ah, esse é o mesmo que nomeou trocentos parentes para o conselho, contratou a sobrinha para gerir o Marketing, gastou R$ 500 mil numa ÚNICA viagem à Inglaterra e, só na última semana: a) foi acusado de práticas de suborno para conseguir resultados; b) fugiu do Pacaembu com medo de levar ovada, o que nos leva ao item c) decidiu pela locação do Morumbi até o fim do campeonato, mesmo que isso signifique mais R$ 35 mil em aluguel por jogo; e d) quis levar seus bens para o Uruguai, planejando uma fuga do País para não ter de responder por seus atos.

Corinthianos de todo o mundo, uni-vos! Querem saber como ajudar? Vão ao http://www.foradualib.com.br/, comprem as camisetas (as minhas já estão a caminho) e peguem os dados para enviar cartas ao impiastro Dualib. Depois, vão aos jogos do Timão munidos de ovos e tomates podres, e, ao menor sinal dessa corja, descarreguem-os em cima deles.

Uma hora eles têm que cair, gente.