“Os voluntariosos tiram férias” – Ezequiel, I: 9-10
Como supostamente estamos no blog do (futebol) politicamente incorreto, tirei férias semana passada e não avisei ninguém. Um cano no blog em praça pública. Desculpo-me publicamente também, perante aqueles que dão com os costados aqui e que deram falta deste profeta perdido. Suponho que seja ninguém. Fica o furo mesmo.
Andei pelo sul de Minas, em São Thomé das Letras, como em muitas vezes. Ouvi pouco de futebol enquanto estive lá. Apenas no domingo, quando cheguei, sobre a vitória contra a Argentina. E depois vi o pequeno Junior, nascido na cidade, convidar minha filha e minha prima a bater uma bola numa roça dos arredores.
Mas fui saber se a cidade teria lá o seu time perguntando ao pai do Junior, Marcio, o Goninho, zagueiro criado nos campinhos de densa poeira da pedra branca, aquele mármore que é a marca da cidade no mundo (vi uma parede feita da pedra no QG do Quarteto Fantástico no segundo filme).
Goninho diz que a cidade e a região têm times amadores formados por amigos, sem vínculo federativo, que disputam campeonatos como a Copa União, da vizinha e simpática cidade de Luminárias, que recebe equipes de São Thomé, Cruzília, São Bento Abade e Conceição do Rio Verde.
Tudo (?) isso a 40, 50 quilômetros de Três Corações, cidade-natal de Pelé. Pensei que seria natural o Sul de Minas soltar uns Pelézinhos por aí, por uma questão de inspiração. Mas o Atlético de Três Corações, o Galo do Sul, chegou apenas aos títulos da Segunda (equivalente à terceira) Divisão do Campeonato Mineiro em 86 e 92.
A região é conhecida mesmo pela natureza intocada e (aqui, infelizmente) pelo misticismo e pelos fenômenos ufológicos (Varginha fica no Sul de Minas e sempre desconfiei mesmo de que Pelé pudesse ser um extraterrestre).
Sempre dá pra melhorar. O hoje estádio municipal de São Thomé das Letras, com capacidade para algo como uns 500 não-pagantes (não se cobram ingressos), ocupa uma área que um dia foi um suposto “campo de pouso de discos voadores”. Já é alguma coisa.
Futebol à parte, São Thomé das Letras é muitas vezes tida por uma cidade de emaconhados (não é) e vive o drama real da degradação ambiental e econômica, resultado da exploração predatória do mármore abundante em detrimento do turismo que a faria uma Ouro Preto, uma Tiradentes ou mesmo uma Paraty. Linda, simples, com a natureza exuberante a emoldurá-la e com um patrimônio histórico próprio de Minas, a cidade merece a visita e o apoio de todos aqueles que gostam das coisas boas da vida. Um bate-bola incluído.
Andei pelo sul de Minas, em São Thomé das Letras, como em muitas vezes. Ouvi pouco de futebol enquanto estive lá. Apenas no domingo, quando cheguei, sobre a vitória contra a Argentina. E depois vi o pequeno Junior, nascido na cidade, convidar minha filha e minha prima a bater uma bola numa roça dos arredores.
Mas fui saber se a cidade teria lá o seu time perguntando ao pai do Junior, Marcio, o Goninho, zagueiro criado nos campinhos de densa poeira da pedra branca, aquele mármore que é a marca da cidade no mundo (vi uma parede feita da pedra no QG do Quarteto Fantástico no segundo filme).
Goninho diz que a cidade e a região têm times amadores formados por amigos, sem vínculo federativo, que disputam campeonatos como a Copa União, da vizinha e simpática cidade de Luminárias, que recebe equipes de São Thomé, Cruzília, São Bento Abade e Conceição do Rio Verde.
Tudo (?) isso a 40, 50 quilômetros de Três Corações, cidade-natal de Pelé. Pensei que seria natural o Sul de Minas soltar uns Pelézinhos por aí, por uma questão de inspiração. Mas o Atlético de Três Corações, o Galo do Sul, chegou apenas aos títulos da Segunda (equivalente à terceira) Divisão do Campeonato Mineiro em 86 e 92.
A região é conhecida mesmo pela natureza intocada e (aqui, infelizmente) pelo misticismo e pelos fenômenos ufológicos (Varginha fica no Sul de Minas e sempre desconfiei mesmo de que Pelé pudesse ser um extraterrestre).
Sempre dá pra melhorar. O hoje estádio municipal de São Thomé das Letras, com capacidade para algo como uns 500 não-pagantes (não se cobram ingressos), ocupa uma área que um dia foi um suposto “campo de pouso de discos voadores”. Já é alguma coisa.
Futebol à parte, São Thomé das Letras é muitas vezes tida por uma cidade de emaconhados (não é) e vive o drama real da degradação ambiental e econômica, resultado da exploração predatória do mármore abundante em detrimento do turismo que a faria uma Ouro Preto, uma Tiradentes ou mesmo uma Paraty. Linda, simples, com a natureza exuberante a emoldurá-la e com um patrimônio histórico próprio de Minas, a cidade merece a visita e o apoio de todos aqueles que gostam das coisas boas da vida. Um bate-bola incluído.
Um comentário:
Férias em São Thomé devem funcionar como um freio para essa correria constante daqui. Dá até para assistir o clássico do time de São Thomé contra o do ET de Varginha.
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