O Palmeiras ocupa hoje a sexta posição no Campeonato Brasileiro. A campanha é mediana: 7 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Se seguir nessa toada, o time conquistará apenas a vaga para a Sul-Americana. É pouco. Muito pouco.
Todos – ou, pelo menos, os diletos leitores dessa coluna – conhecem a minha opinião sobre o Caio Junior. Eu não o suporto. Acho-o despreparado, inexperiente e excessivamente retranqueiro. Em síntese, é técnico de time pequeno.
Vejam os exemplos dos últimos jogos. Contra o Juventude, o cenário era o seguinte: o time gaúcho atravessando péssima fase, na zona de rebaixamento, sem técnico e com um time bastante limitado; do outro lado, um Palmeiras também limitado, mas cheio de moral depois da virada contra o Vasco e com boas chances de voltar ao seleto grupo dos 4. Pois bem, tendo em vista esse cenário, não era para o Palmeiras sufocar o adversário – que, certamente, se desesperaria no momento de um placar desfavorável –?
Parece óbvio. Mas não, Caio Junior, que já se acha no direito de mandar uma banana para os torcedores das numeradas do Parque, não pensou assim. Trancou o time, escalou três zagueiros e dois volantes. Depois, precisando empatar o jogo, fez uma alteração arrojada – tirou um zagueiro e colocou um lateral, ignorando o esquema 3-5-2 e postando o time num 4-4-2, com três volantes. É. A alteração arrojada do Caio Junior é deixar o time com três volantes. Contra o Juventude!
Contra o Sport foi ainda pior. Caio armou o time com três zagueiros e dois volantes para enfrentar o Sport, em casa. Ele que se diz entendedor de futebol e que escala o time de acordo com o adversário, “como se faz na Europa”, não deixou de lado as suas convicções defensivistas e engessou o Palmeiras num esquema totalmente inapropriado para as condições do jogo. É claro que rapidamente ele precisou mudar o time.
E mais: perdendo de 1x2, em casa, e com um a mais, ele só resolveu mexer novamente aos 20 minutos do segundo tempo. Tarde demais. O time já estava desesperado e a torcida impaciente. A derrota para o Sport foi imperdoável, absurda.
O Palmeiras ganhou o último jogo. É verdade que o time foi beneficiado pela arbitragem. Mas ganhou, com boa atuação do Valdívia e do Edmundo. Mas, não, o Caio Junior ainda não está convencido de que os dois podem jogar juntos, mais o Luis Henrique.
Ele também adora uma novidade. Recentemente barrou o Edmundo, sob a alegação de deficiência técnica. Vá catar coquinho! O Edmundo manco e cego tem mais técnica do que todos os demais atacantes do elenco juntos. Trata-se de uma burrice dupla: o time perde a qualidade do Edmundo e a torcida, que já é crica, fica ainda mais nervosa.
O Edmundo é o único jogador do elenco capaz de armar o jogo. Também é o que o melhor conclui para o gol. O Palmeiras não pode prescindir dessa(s) competência(s).
Quero ainda lembrar que o Palmeiras praticamente perdeu a classificação no Paulistão em casa, quando com dois a mais, conseguiu empatar com o frágil Guaratinguetá. Sob o comando do Caio Junior, o time também deixou de avançar na Copa do Brasil, quando, novamente em casa, perdeu a classificação para o Ipatinga.
Caio Junior insiste em dizer que faz uma campanha digna no Palmeiras. É mentira. Até o Estevam Soares fez melhor, e com um time pior do que o atual técnico tem nas mãos. Fora Caio Junior. Eu prefiro o Estevam Soares!
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
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8 comentários:
Eu também prefiro o Estevam no Palmeiras. O detalhe é que eu não sou palmeirense.
Impressionante como o palestrino é corneteiro. É o estereótipo da turma do amendoim, mesmo.
A culpa é sempre do técnico, não importa quem seja.
Torcida míope.
O Caio Jr, como qualquer outro treinador, tem suas deficiências, sim. A que eu mais critico é a incoerência na escalação. Entretanto, acredito no trabalho realizado nos primeiros meses de clube. Na prática, começa a dar frutos. Pela "boa" exibição no ano, Michael foi vendido por um preço bom. Não se espante se o Valdívia sair antes do Brasileiro ao Velho Continente. Isso porque quando éramos comandados pela Judas (Leão), o Mago era apenas uma peça de reposição. Outro ponto a ser destacado é que stamos brigando pelas primeiras colocações. Há quanto tempo isso não acontece? Concordo que a derrota para o Sport, o empate com o Guará (estava lá, em um domingo de Páscoa, com garoa fina e gelada) foram inadimissíveis. Mas temos que apoiar e parar de criticar. É hora de calar os amendoins e mostrar que a torcida do Palmeiras joga ao lado do time.
Serginho, agradeço o comentário. A torcida do Palmeiras, em geral, vem se comportando de maneira exemplar nesse ano, mesmo com os péssimos resultados do time em campo.
Quando você pergunta há quanto tempo não brigamos pelas primeiras posições, eu respondo: não faz tanto tempo assim. Em 2004, com o Estevam, chegamos a liderar o campeonato e brigamos até o final, quando perdemos, inexplicavelmente, duas em casa. Pegamos a Libertadores. Em 2005, com o Leão, também brigamos e chegamos na Libertadores.
O Caio Junior é como o Celso Roth, o Bonamigo, o Jair Picerni, o Leão e o próprio Estevam: é técnico com vocação para perdedor, técnico de time pequeno. Agora, entre o atual técnico e o Estevam, eu fico com o segundo.
Obrigado mais uma vez.
Palestrino.
AH tá: o Caio Jr. é pior que o Estevam, o Celso Roth e o Bonamigo, mas ele é igual ao Estevam, o Celso Roth e o Bonamigo (com vocação para perdedor). Desculpe, fiquei confuso.
Caro anônimo de Meo, todos são ruins e todos têm vocação para perdedor. Mas entre o Estevam, que é ruim, e o Caio, que também é ruim, fico com o primeiro. Simples assim.
Pô, levei sem merecer, embora concorde com o comentário anônimo Pinottiano.
Eu não tenho nada a ver com isso.
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