"Os voluntariosos sabem rir de si mesmos." Ezequiel, I:9-10.
Ontem eu e o meu amigo Rodrigol fomos ao Cine Pacaembu assistir à comédia “Corinthians x América-RN”. O antagonista, lanterna absoluto do campeonato com 10 pontos somados, admite ter todos os seus planos concentrados na disputa da Série B de 2008. E vinha da 10ª derrota seguida. Diante disso, era de se esperar pelo menos um 3x0 em casa.
Mas o protagonista, bem, o protagonista era o Corinthians 2007. Sobraram, pois, motivos para que eu e o Rodrigol déssemos risada em vários momentos, como num jogo de várzea, apesar do placar de jogo sério, 1x0. Lamentar é o que não dava.
Das arquibancadas atrás do gol, vimos, por exemplo, o Carlos Alberto arrancar pela direita, como lateral improvisado, a torcida levantar esperando o cruzamento certeiro na pequena área e o desgraçado enfiar um bicudo no próprio pé esquerdo. Caiu em dores, o jogo parou e ele saiu de maca. Os cruzamentos, aliás, foram a piada pronta do jogo. Eu e o Rodrigol não vimos um escasso cruzamento certo ou à altura de jogador profissional.
Vimos também o América dar alguns sustos na nossa defesa, que dependeu do pobre Felipe para salvar a vitória magra. Sem falar nos balões sem rumo, bolas para a torcida e por aí vai. Rimos muito.
Outra coisa que aproxima esse Corinthians da comédia, ou da várzea, é o fato de quase não identificarmos os jogadores do nosso time em campo. Até porque chegamos com o jogo começado e não vimos a escalação. À exceção do Felipe com a 1, do Eterno com a 3, do Vampeta com a 5 e do Finazzi com a 9, o resto é um festival de camisas 17, 30, 23, 18, 27 e por aí vai. O Lulinha estava em campo e não percebemos, vejam só.
Foi legal. Somamos três pontos e demos risada. Futebol é diversão.
E deixo a graça final para o nosso Marcelo Domingues, leitor que nos honra com sua presença assídua:
“Depois do embate contra o Paraná, no final de semana, o Timão volta sua atenção à Copa Sul-Americana, que paga quase nada e vale menos ainda. Os corinthianos terão pela frente o Botafogo, dia 16, no Pacaembu. E por falar nisso, ontem um singelo episódio deve tê-los deixado cheios de saudade.
Rolava o “clássico” argentino entre Estudiantes e Lanús (aquele, do ano passado), valendo vaga nas Oitavas. Primeiro jogo, Lanús 2 a 0. Trinta e cinco do segundo tempo, o Estudiantes devolvia a patada e marcava 2 a 0. Até aí, caminhava para a disputa alternada de tiros livres diretos.
Eis que, num lance fortuito, quase sonolento, o ponta do Lanús cruza da esquerda, bola morta, pingando na área, inofensiva, e quem aparece pra meter pra dentro? Ele, o inesquecível Sebá, agora ‘xerife’ do Estudiantes, decretando o tento que eliminaria sua equipe.
Betão, o Eterno, deve ter visto e pensado: “Esse é meu garoto”.
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