Neste fim de semana, o Santos enfim venceu com momentos de muito bom futebol.
Já o comecinho foi animador, botando pressão na saída de bola, me fez lembrar dos bons momentos de 2004. Mas foi só pra dar um gosto.
O jogo logo caiu numa modorra e estava horrível até os 20', mais precisamente até a bola sobrar pro Pet, livre, na intermediária, de frente pro gol. Pet livre de frente pro gol? Gol, claro.
Aí o Santos resolveu jogar um pouco. Marcos Aurélio desperdiçou um bom ataque chutando mal, e em seguida Rodrigo Souto fez um lançamento brilhante para Kléber Pereira, mais brilhante ainda, tirar o zagueiro pra dançar e fuzilar. 2 a 0.
"Agora vai", pensei. Foi nada. Desacelerou de novo, esperando o intervalo.
Fosse o Luxemburgo de antigamente, teria dado uma senhora carcada no time no intervalo, e todo mundo ia voltar ligado, pra enfiar 6, 7, 8, quantos fossem possíveis.
Parecia que isso tinha acontecido. Um desarme do Adaílton virou chutão, que virou lançamento de voleio do Pet (com a bola no pé, ele desequilibra mesmo, reconheço) pro Kleber Pereira invadir a área sozinho. Kleber Pereira, sozinho na área? Gol. Quer dizer, golaço, por cobertura.
"Agora vai", pensei. Foi nada. Desacelerou de novo, o time trocando passes, esperando o jogo acabar. Mais de uma vez, um jogador do Santos recebeu a bola parado e parado ficou, esperando a marcação chegar para só então tocar. Vontade nenhuma.
"Agora o Luxa mexe no time pra dar uma sacudida", pensei. Mexe nada. Só tirou o Souto que sentiu uma dorzinha pra poupar, botou o Adoniran, e nada mais.
Complacente com a malemolência do time, só foi botar o Tabata no lugar do Vítor Júnior (fraca atuação) perto dos 30. Pouco depois, Renatinho no lugar de Marcos Aurélio, que perdera outro gol fácil.
Tanta preguiça foi castigada: o Santos conseguiu tomar o quarto gol de cabeça do América-RN em dois jogos. Um doce para quem adivinhar qual zagueiro recuou para a direção do gol no cruzamento, dando condição ao atacante adversário.
Pelo menos o gol teve um lado positivo: acordou o time, que ainda chegou ao quarto, com Renatinho e Pet tramando na esquerda e o sérvio servindo (trocadilho ruim) Tabata, que marcou de cabeça. Gol de cabeça do Tabata é quase tão patético quanto tomar 4 gols de cabeça do América-RN.
Enfim, apesar de não ter sido uma partidaça do Santos, o tive teve vários lampejos de inspiração, principalmente de Pet e Kleber Pereira, inspiradíssimos.
Pelos que foi apresentado, daria até pra brigar pelo título em igualdade de condições com São Paulo e Cruzeiro.
Mas, tal qual a coroação de Inês de Castro, o time de Luxemburgo demorou demais a ficar pronto.
Agora é tarde...
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