sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Sobre Botafogo 2 X 3 Corinthians

- Felipe é um grande goleiro. Embaixo do gol, é melhor que o Dida (sem falar em trastes como Johnny Herrera e Fábio Costa, claro) ; mas, pelo menos por enquanto, não é pegador de pênaltis. Acertaram em trazer o garoto. Faz tempo (desde o Dida, aliás) que o Corinthians não tinha um goleiro que realmente transmitisse segurança ao time.

- Baixou o Ronaldinho Gaúcho no Gustavo Nery. Que porra é essa, alguém pode explicar? O cara, que arriscava perder a posição para um cone no ano passado, agora faz golaço, chuta de efeito, dá passes geniais. Alguém precisa avisar que ele não é tudo isso. Daqui a pouco ele tenta dar uma gingada e acaba quebrando a bacia.

- 30 e poucos do segundo tempo, substituição: sai Vampeta, entra Carlos Alberto. Vampeta olha para um lado, olha para o outro, começa a sair de campo. Faz um sinal de calma com as duas mãos, olha para o juiz, e desaba no meio do campo. Faz cara de dor, aponta o joelho, pede substituição... esse é o Velho Vamp. E o mais incrível: tem jogado razoavelmente bem.

- Agora imaginem: um moleque, Nilton, faz sua estréia como titular do Corinthians contra o Botafogo, no Maracanã. Aos 3 minutos, faz um gol contra. Aos 8 do segundo, faz o gol da virada, num belo chute de fora da área. Chora. Ajoelha-se. Sai de campo como herói. Tem estréia mais corinthiana que essa?

- Chiei quando o Finazzi chegou. Ele é grosso, só sabe trombar (os adversários, os companheiros e a bola), tem orelhas de abano, está em fim de carreira. Mas faz gol sempre. Finazzi para titular, hein, Carpegiani?

- Por enquanto, o Corinthians vai vencendo na vontade, mas o time está melhorando. É cedo pra falar em classificação a qualquer coisa, é verdade. Mas ninguém esperava essa vitória contra o Botafogo, por exemplo – e o Bota estava com o time completo, Dodô em campo. Será que acabou a cafeína? Vai ver é isso.

O mal que o Dualib faz(ia)

Vejam se é coincidência: no início do Brasileirão, o famigerado Dualib resolveu tirar férias na Inglaterra, sob o pretexto de negociar com a máfia russa mais uns trocados para o clube, quem sabe trazer o Tevez de volta blábláblá. Ficou lá dois meses, ou mais, ninguém sabe ao certo. Nesse período, o time, se não jogou bem, foi satisfatório, acumulou vitórias, esteve entre os últimos invictos do campeonato e figurou na zona de classificação à Libertadores.

Aí Dualib resolve voltar, US$ 140 mil mais pobre (de onde vai sair esse dinheiro? Ah, lógico...). Véspera de clássico contra a porcada. O time perde daquele catadão do Caio Jr., acumula derrotas, entra numa espiral de decadência e flerta com a zona de rebaixamento.

Então, de repente, o Dualib vai embora de novo – por mais 60 dias, pelo menos. No primeiro jogo depois disso, o Corinthians volta a ganhar. Perdemos contra o Vasco, é verdade, mas depois engatamos duas vitórias seguidas, contra Grêmio e Botafogo, times respeitáveis no atual estágio do futebol brasileiro (ou que, pelo menos, que estavam bem à frente da tabela).

Isso é coincidência? É claro que não. É mais do que óbvio que a presença nefasta de Dualib e seu séqüito envenena o Corinthians. O clube não precisa dele, nem de seus acólitos. Pelo contrário: chega. Que não volte nunca mais.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Destino de Zé Roberto deve ser o Al Gharrafa

O ex-botafoguense receberá US$ 1 milhão de clube do Qatar por dez meses de contrato.




Dizem alguns que ele sempre namorou a garrafa. Já este interlocutor acredita que ele será contratado para animar a festa.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Estamos bem, viu.....

Aí você pergunta ao presidente Luis Inácio Lula da Silva: qual é a sua posição em relação aos clubes se transformarem em empresas?

- Vejo gente dizer que é preciso profissionalizar os clubes, que o clube tem de virar empresa, como se fosse num toque de mágica. E, aí, o clube-empresa virou patrocínio de empresa, que põe o nome dela na camiseta, que um torcedor como eu não pode usar, porque não posso fazer merchandising de empresas que pagam o clube.
(Lance, 15/08/2007, pág. 20)

O que dizer de uma barbaridade dessas? Que ele não tem a mínima idéia do que está falando? Que ele não tem competência para falar sobre o assunto? Que está mal-assessorado? Que ele não sabe falar português? Que ele não sabe qual é o seu devido lugar? Que talvez quis fazer uma piada? Que a frase foi retirada de contexto? Isso lá é coisa que presidente fale?

"Estamos perdidos" é pouco. E o pior, gente, não é nem isso, porque sem futebol, vá lá, a gente vive. O pior é que esses caras estão cuidando do setor aéreo, da economia, da distribuição das verbas do governo........

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Mais um monstro saiu do armário

Como o Profeta Ezequiel escreveu aí embaixo, o Corinthians hoje é um armário de onde saem os mais variados monstros para assombrar os torcedores. Marcelinho e Rincón foram dois monstros que de lá saíram recentemente. Dualib foi para lá, mas ainda periga voltar. Já o Carpegiani é um monstro que mandaremos para lá em breve.

Hoje, entretanto, saiu mais um ectoplasma do armário. Betão está de volta. Pois é, quando ele parece que vai........ ele volta. Eu não acredito nisso.

A versão do jogador e de seu procurador tem a ver com o pagamento parcelado das luvas do contrato. Já a versão do clube francês Sochaux (lê-se “sochô”, fazendo biquinho) é a de que, trocando em miúdos, eles esperavam bem mais do que a porcaria que receberam.

Mas o que terá acontecido? Como bom arremedo de cientista social, eu tenho lá minhas hipóteses:

Hipótese 1

Betão chegou para fazer os testes físicos, e pediram pra ele correr numa esteira com aqueles adesivos colados ao corpo. Betão começou a correr, se empolgou, acabou chutando sem querer o medidor de batimentos cardíacos, quebrou a haste do aparelho, se desequilibrou, caiu e, na queda, derrubou a maca em cima do preparador físico, que quebrou a perna.

Hipótese 2

Mandaram Betão participar do coletivo no time reserva. Escanteio para o adversário, Betão sobe mais que todo mundo e... clássico, gol contra. Na descida, Betão tropeça num atacante e cai em cima do zagueiro titular do time, quebrando a sua perna.

Hipótese 3

Os dirigentes levam Betão para ser apresentado à torcida. Ele veste a camisa, cumprimenta alguns torcedores e alguém tem a péssima idéia de entregar a ele uma bola. Betão tenta algumas embaixadinhas, vergonhosamente sem sucesso. Para não ficar por baixo, resolve dar uma bica na bola para as arquibancadas. Erra bisonhamente e acerta a filha do presidente, que estava a dois metros dele, quebrando o nariz da moça.

Hipótese 4

Todas as anteriores. É a mais provável.

Agora é sério: se eu tivesse um milhão de euros sobrando, pagaria para o Betão ficar dois anos sem jogar. Verdade.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Chinelada da semana





A chinelada desta semana vai no projeto apresentado pela diretoria do Santos FC de ampliação da Vila Belmiro. No papel, o estádio passaria a ter 40 mil lugares, contra os pouco mais de 20 mil liberados hoje.

Para defender a obra, a diretoria argumenta que o estádio poderia abrigar finais de Libertadores e Paulista.
Imaginar que aumentar a capacidade vai resolver as reclamações contra mandos de jogos na Vila é ingenuidade ou estupidez.
A decisão evidentemente não é técnica, é política.

Se aumentar pra 40 mil, as Federações estipulam que o mínimo passará a ser de 50 mil, ou inventam outra desculpa pra barrar a Vila

Embora como torcedor a idéia de ver uma Supervila seja agradável, especialmente sonhando em obrigar os adversários a enfrentarem a pressão do caldeirão inclusive nas finais, como sócio preocupado com a saúde financeira do clube, considero um suicídio financeiro.

Alguns santistas mais exaltados argumentam usando o exemplo do Engenhão, que caiu no colo do Botafogo sem nenhum ônus.

Mas aí foi feito com dinheiro público, e a gente já sabe como funciona. Se o governo quiser botar dinheiro para ampliar a Vila, eu quase concordo. Meu único medo, nesse caso, é o altíssimo custo de manutenção que vamos arrumar.

De forma geral, a iniciativa de ampliação da Vila vai na contramão da história.

Na Europa, faz tempo que eles desistiram dos estádios grandiosos, para 80, 90, 100 mil pessoas. Os gigantes modernos não passam de 60 mil, sendo que a maioria fica na faixa dos 30 mil. Na Inglaterra, campeonato mais prestigiado da atualidade, são muito comuns estádios com a capacidade atual da Vila ou pouco maiores...

A explicação por trás desse fato é simples: o futebol deixou de ser uma diversão popular para as massas para ganhar o status de espetáculo. A tendência é se privilegiar o conforto dos presentes e reduzir o número de assentos disponíveis, tornando cada partida um "evento" único, um objeto de desejo. Para as massas, resta acompanhar pela mídia e sonhar com o dia de ir ao estádio pessoalmente.

Na Europa e América Latina, os estádios estão encolhendo. Estádios grandiosos, hoje em dia, só na Ásia, que tem uma realidade completamente diferente...

Até aqui no Brasil, em que o tratamento dado ao futebol passa longe do espetáculo, todos os grandes estádios foram remodelados e tiveram sua capacidade reduzida. Tudo foi feito em nome de mais segurança e conforto, mas também porque não faz sentido manter grandes arenas para um público que não existe mais.

O Morumbi, por exemplo, é um baita elefante branco, um investimento imobilizado altíssimo, com um custo de manutenção estúpido.

Há alguns anos, antes do SPFC começar a conquistar títulos outra vez, saíram várias matérias na imprensa falando das soluções que o clube precisava buscar para sanar as contas.

Só que o SPFC é bom de bastidores. Rapidinho costurou acordos obrigando os rivais a mandarem clássicos e jogos decisivos lá, tendo de pagar aluguel, evidentemente. A FPF, por ser omissa ou corrupta, abandonou o Pacaembu (que tem 45.000 lugares liberados, ou seja, mais do que a "nova Vila") e passou a obrigar a realização desses jogos lá.

Moral da história: o Morumbi dá prejuízo. Só não virou um tiro no pé porque o SPFC faz os trouxas (Gambás, Porcos e até nós) jogarem todas as grandes partidas lá, com a bênção da FPF.

Como não acho que o Santos tenha a mesma força de bastidores, sou contra essa obra maluca, que só vai dar prejuízo aos cofres do clube.