sexta-feira, 27 de julho de 2007

Desafio a um são-paulino

Essa é velha, mas eu queria postar faz tempo.

Você, são-paulino, quer provar que é um cabra macho? Quer mostrar pra todo mundo que você não tá nem aí para os que chamam a gloriosa torcida tricolor de Bambizada? Quer encerrar de uma vez por todas essa palhaçada?

Então, eu proponho um desafio: vá assistir a um jogo do seu time com uma camisa do Richarlyson - devidamente identificada, claro. Se vocês não tem nada a temer, que mal há nisso?

Quem mandar uma foto comprovando o ato leva uma foto autografada ou da Mari Alexandre nua ou uma foto autografada do Alexandre Frota nu.

Obviamente, vai poder escolher o prêmio.

Corinthians: ame-o ou odeie-o

Na esmagadora maioria das vezes, se um torcedor não é corinthiano, ele é anticorinthiano. Essa é uma verdade na qual eu custei a acreditar. Mas, enfim, é uma verdade.

Senão, vejamos: neste blog existem cinco colunistas, contanto comigo. Dois são corinthianos. Dos outros três, um é porco, o outro é uma sardinha e o terceiro é bâmbi Entretanto, os três não resistiram a abordar, nesta semana, seja como objeto principal do post ou só de passagem, o mesmo assunto: o Corinthians. Tripudiando, claro. Já o corinthiano preferiu enveredar por assuntos mais prosaicos, como a cena futebolística e situação econômica de São Tomé das Letras, corajosamente tentando mudar de assunto.

Tudo bem, eu faria o mesmo, por exemplo, se a bambizada estivesse às portas da Segundona, devendo para todo mundo e com um presidente caquético como o nosso. Gozação faz parte do jogo, e também é parte da graça. Mas esse é só um dos exemplos. Quando o Mumu estava para cair lá na porcada, eu não vi nenhuma campanha “Fica, Mustafá!” por aí. Já o movimento “Fica, Dualib!” já tem até site e abaixo-assinado. Como assim, galera?

Tudo bem, eu explico: em primeiro lugar, falar do Corinthians dá audiência. É uma resposta meio batida, meio porca, meio clichê, mas, enfim, é outra verdade.

Falar do Corinthians, meus caros, é como falar mal do governo (de qualquer governo), é como falar mal da Globo, é como falar mal do chefe no escritório. Se o Lula quer desviar a atenção de alguma cagada sua ou de seus comparsas, o que ele faz? Fala mal do Corinthians. Estou até achando que esses meus três colegas de blog resolveram escrever sobre o Timão para ver se a audiência aqui aumentava, mas nem isso deu jeito (já estamos há algum tempo com 0 comentários...).

Depois disso, vem a raiva. Não que haja um ódio escancarado pelo clube, mas é como se um inconsciente coletivo presente nas demais torcidas não deixasse alguém ser apenas simpático ao Corinthians, sem torcer por ele. Vai ver, é o tamanho da torcida, ou sua composição enraizada no imaginário popular (maloqueiros mal-encarados que falam “curíntcha”), embora as demais torcidas também tenham sua parcela de periferia (quem quiser pode ir assistir a um jogo do São Paulo de arquibancada para conferir).

Então, anti-corinthianos, aí vai um recado: seu truque foi desmascarado. Por mais que vocês insistam, nós somos uma praga. Somos fedidos, maloqueiros, não temos dentes, e estamos aí para incomodar vocês. E vamos ficar por aí, gritando “TODO PODEROSOS TIMÃO” e falando “curíntcha” até vocês terem um infarto de tanta raiva. Somos campeões do mundo, hahaha. E não temos o Rycharlisson no nosso time.

E FORA, MALDITO DUALIB!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Um furo direto do Sul de Minas




“Os voluntariosos tiram férias” – Ezequiel, I: 9-10



Como supostamente estamos no blog do (futebol) politicamente incorreto, tirei férias semana passada e não avisei ninguém. Um cano no blog em praça pública. Desculpo-me publicamente também, perante aqueles que dão com os costados aqui e que deram falta deste profeta perdido. Suponho que seja ninguém. Fica o furo mesmo.

Andei pelo sul de Minas, em São Thomé das Letras, como em muitas vezes. Ouvi pouco de futebol enquanto estive lá. Apenas no domingo, quando cheguei, sobre a vitória contra a Argentina. E depois vi o pequeno Junior, nascido na cidade, convidar minha filha e minha prima a bater uma bola numa roça dos arredores.

Mas fui saber se a cidade teria lá o seu time perguntando ao pai do Junior, Marcio, o Goninho, zagueiro criado nos campinhos de densa poeira da pedra branca, aquele mármore que é a marca da cidade no mundo (vi uma parede feita da pedra no QG do Quarteto Fantástico no segundo filme).

Goninho diz que a cidade e a região têm times amadores formados por amigos, sem vínculo federativo, que disputam campeonatos como a Copa União, da vizinha e simpática cidade de Luminárias, que recebe equipes de São Thomé, Cruzília, São Bento Abade e Conceição do Rio Verde.

Tudo (?) isso a 40, 50 quilômetros de Três Corações, cidade-natal de Pelé. Pensei que seria natural o Sul de Minas soltar uns Pelézinhos por aí, por uma questão de inspiração. Mas o Atlético de Três Corações, o Galo do Sul, chegou apenas aos títulos da Segunda (equivalente à terceira) Divisão do Campeonato Mineiro em 86 e 92.

A região é conhecida mesmo pela natureza intocada e (aqui, infelizmente) pelo misticismo e pelos fenômenos ufológicos (Varginha fica no Sul de Minas e sempre desconfiei mesmo de que Pelé pudesse ser um extraterrestre).

Sempre dá pra melhorar. O hoje estádio municipal de São Thomé das Letras, com capacidade para algo como uns 500 não-pagantes (não se cobram ingressos), ocupa uma área que um dia foi um suposto “campo de pouso de discos voadores”. Já é alguma coisa.

Futebol à parte, São Thomé das Letras é muitas vezes tida por uma cidade de emaconhados (não é) e vive o drama real da degradação ambiental e econômica, resultado da exploração predatória do mármore abundante em detrimento do turismo que a faria uma Ouro Preto, uma Tiradentes ou mesmo uma Paraty. Linda, simples, com a natureza exuberante a emoldurá-la e com um patrimônio histórico próprio de Minas, a cidade merece a visita e o apoio de todos aqueles que gostam das coisas boas da vida. Um bate-bola incluído.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

A(s) síntese(s) da decadência do futebol brasileiro

O Brasileirão de 2007 é o que vem apresentando pior nível técnico, desde que o regulamento passou a contemplar os pontos corridos. O líder do campeonato até o momento é o Botafogo, um time repleto de refugos e cujo craque é o Dodô, conhecido por fazer gols bonitos e também por amarelar em momentos decisivos. A primazia do Fogão sintetiza a decadência do futebol que é praticado atualmente por aqui.

O segundo colocado, o São Paulo, manteve o elenco que foi campeão no ano passado e ainda contratou um ótimo jogador, o Dagoberto. Mas, mesmo declarado como o melhor plantel do País, o time não emplacou nesse ano. Claro! Em algum momento esse time, que possui jogadores medianos como Souza, Hugo, Leandro, Aloísio, entre outros, teria que parar de jogar bola. Era previsível. Vale ainda lembrar que time do Morumbi conseguiu a proeza de levar o título em 2006 com um ataque formado pelo Aloísio, um centroavante que não faz gols, e pelo Leandro, outro refugo que só sabe firular e que também, incrivelmente, não sabe balançar as redes. Aliás, não dá para entender como a mídia é complacente com o Aloísio. Ele também é a síntese do atual futebol brasileiro: um camisa 9, dos poucos tradicionais que ainda jogam no Brasil, que não cumpre sua principal missão, fazer gols.

O Palmeiras, na figura do técnico Caio Junior, também traduz o péssimo momento que atravessa o futebol brasileiro. Eu pergunto: o Caio Junior tem currículo para assumir um time grande como o Palmeiras? É claro que não tem. A novidade do técnico, agora, é implantar um rodízio entre os atacantes do time. A alegação é que precisa dar ritmo para todos os jogadores e que a prática é bastante comum na Europa – “os jogadores e torcedores brasileiros terão que se acostumar com isso”, ele disse. Alguém precisa explicar para ele que no Inter sai o Ibrahimovich e entra o Adriano ou sai o Crespo e entra o Recoba ou o Martins. Os caras têm quantidade e qualidade lá. O Caio Junior também acha que pode mandar uma banana para os torcedores da numerada do Palestra Itália. Ele não pode! Por dois motivos: 1- não tem moral para reclamar de nada; 2- vaias não significam desrespeito, significam sim descontentamento com um time que perdeu duas classificações facílimas em casa, sob o comando do próprio Caio Junior.

Mas o time que, realmente, mais sintetiza a decadência do futebol brasileiro é o Corinthians. Nem precisamos explicar os porquês. Basta abrir as páginas dos jornais na cobertura.... policial. Meu Deus! É feia a situação do futebol brasileiro.

terça-feira, 24 de julho de 2007

O buraco é mais embaixo

O futebol brasileiro, a despeito da então improvável conquista da Copa América, não anda bem das pernas. As não tão promissoras futuras gerações mostraram o preparo (na verdade, a falta dele) nas eliminações do Mundial Sub-20 e na desclassificação durante o Pan, uma das piores participações da história no esporte.

Internamente, os Estados vizinhos estão longe de seus melhores momentos e enfrentam a dura realidade da falta dos bons e velhos craques. Olhando mais perto, nem mesmo os times paulistas podem se vangloriar de um elenco promissor ou da possibilidade de grandes conquistas a curto prazo.

O Santos, após perder Zé Roberto, o cérebro do time, não sabe mais para onde anda, e ainda corre o risco de perder Luxemburgo. Palmeiras, com lampejos de sobrevida, tem boas chances de permanecer no meio da tabela e quiçá disputar uma vaga para a Libertadores. O São Paulo ostenta a melhor defesa e até há pouco o pior ataque. Não se vence campeonatos só com empates.

Descendo ao fundo do poço, recorremos à ajuda do lanterninha e observamos o Corinthians. Mas só observamos, porque descer tão baixo é frio e repugnante. O Timão paga hoje pelos seus excessos no passado, pelas parcerias escusas e pelo caráter dúbio de seus representantes.

A segunda divisão está perto, seja nos tribunais, seja no gramado. Com problemas financeiros graves, o time do Parque São Jorge discute nesta terça-feira à noite o fim da parceria com a MSI, pivô da maior crise da história do Corinthians.

Será esse também o fim da Era Dualib? Uma campanha
fervorosa já está no ar.

Para ajudar, o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, sugeriu uma outra campanha, essa para arrecadar fundos para o Timão (aliás, essa alcunha deve estar com os dias contados), que precisa pagar dívida com o Lyon, da França, sob a ameaça de perder pontos no campeonato.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, o dirigente disse: “Só espero que o Corinthians não feche como os bingos, com aqueles tijolos na porta. Eu fico triste com essa situação. Trata-se de um rival importante, que não pode ir para a segunda divisão”. Não satisfeito, complementou: “O torcedor deveria ajudar o clube. Aqueles que amam de verdade poderiam contribuir com R$ 10. Eu ajudaria com 50. Se quiserem começo esta campanha amanhã mesmo”.

Seguindo o exemplo, quem ama poderia colaborar. Para os demais, como eu, sugiro já deixarem a cerveja gelando, porque a hora de comemorar não deve tardar.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Curta - da Folha

Desjejum.

O Corinthians não conseguiu pagar dívida de R$ 5.000 com a padaria que cortou o fornecimento ao CT de Itaquera, das categorias de base. Por enquanto, fez acordo com outra panificadora.

Chinelada da semana

Essa é inescapável: chinelada em Larry, Moe & Curly, ou melhor, Fábio Ferreira, Betão Eterno e Zelão, os 3 patetas da Fazendinha.

O espetáculo proporcionado pelo trio defensivo corintiano ontem contra o poderoso Náutico é coisa de deixar Baré, Ari Bazão, Alexandre Rosa, Tonhão, Camilo, Maurício Copertino, Ijuí, Rogério Seves, Pedro Paulo, Marcelo Fernandes, Domingos e uma série de outros renomados beques pernas-de-pau com a maior inveja.

Nunca vi um trio tão eficiente: Fábio Ferreira já tinha acionado o centroavante do Náutico no início do jogo. Como não deu certo, ele resolveu ajeitar de peito de dentro da pequena área.
Betão, o Eterno, não quis ficar atrás: no cruzamento, antecipou-se ao atacante e fez ele mesmo o gol. Por fim, Zelão mostrou sua vocação Mobral, foi driblado pelo gramado e deixou o atacante do Náutico livre para concluir.

Desse jeito, não vai ter grana da MSI que dê jeito. Se não for por meio da Justiça, que se faz de cega, a série B virá mesmo pelos méritos no gramado.

domingo, 22 de julho de 2007

O Corinthians na semana

Abaixo faço uma análise da agitada semana corinthiana com base em notícias publicadas no portal da Folha Online. Foi uma semana do cão, por assim dizer.

Segunda-feira, 16/07/07

Gustavo Nery diz que volta para ser o lateral do Corinthians
A nota abre com uma informação assombrosa e uma redação dúbia: “Gustavo Nery é o lateral esquerdo tão sonhado pelo técnico Paulo César Carpegiani.” Seria ele o nome sonhado para a posição ou o que deu para arrumar de forma a atender uma necessidade que vinha preocupando o treinador? Põe estagiário pra escrever matéria, dá nisso.

Para mim, Gustavo Nery é o lateral-esquerdo dos meus pesadelos. Hoje, na transmissão de Corinthians X Náutico (veja abaixo), foi ventilada a possibilidade desse traste transferir-se para o Grêmio. Por mim, poder trocar ele e o Betão por duas caixas de cerveja.

Vítima de confronto entre torcedores está em coma
Até quando vai isso?

Terça-feira, 17/07/07

Vampeta assina contrato e fica à disposição para domingo
Eu sou fã do Velho Vamp, mas, do jeito que está, só vai atrapalhar. É melhor ficar no time B, mesmo – os saudosos podem assisti-lo contra Juventus, Taubaté e Nacional. Eu não me importo.

Quarta-feira, 18/07/07

Pato dá terceira vitória seguida ao Inter e afunda o Corinthians
Cadê o pato / Pataqui / Patacolá....

Paulo Amoretty, ex-presidente do Inter, estava no vôo 3054 da TAM
Além de ex-presidente do Inter, ele também era o advogado que defendia o Corinthians no caso Nilmar, um dos imbróglios que podem rebaixar o clube à Segundona (o outro, vocês sabem, envolve a máfia russa, um empresário picareta e polícias dos mais diversos países e naipes). A bruxa tá mesmo solta.

Quinta-feira, 19/07/07

Após negativa de Dualib, oposição busca meios de derrubá-lo
O caso é o seguinte: o velho não quer largar o osso, não sei se por querer chupar o quanto pode ou por ter medo do que vai acontecer quando descobrirem todas as suas pataquadas. E ele sabe que, hoje, isso é possível, porque perdeu inacreditavelmente a maioria que tinha entre os concelheiros. Por isso, o presidente do Conselho, que é pau-mandado dele, nem quer colocar sua saída em votação na próxima reunião, terça-feira, 24/07.

Sinceramente, acho que a oposição não vai conseguir derrubá-lo na terça. Embora possa até ter meios para isso (leia-se “tenha votos para isso”, porque é são precisos dois terços do Conselho, ou 200 conselheiros, para incluir um ponto na pauta), mesmo que consiga os aliados daquele velho caquético darão um jeito de empastelar a reunião, como sempre fizeram.

Sexta-feira, 20/07/07

Ricardinho estréia para dar mais equilíbrio ao jovem Corinthians
A estréia acabou não sendo boa, mas o volante Ricardinho é um bom nome para o elenco, dadas as atuais situações de Corinthians e do futebol brasileiro em geral. Por formar uma boa dupla com Carlos Alberto, protegendo a zaga (que precisa desesperadamente de proteção).

Aliás, cadê o Carlos Alberto, hein?

Sábado, 21/07/07

Imprensa francesa diz que Lyon quer levar Willian por Nilmar
Talvez a melhor solução seja aceitar o negócio. Sabemos que, uma hora ou outra, o William vai sair mesmo, levado por algum clube da Ucrânia. E o problema com o Lyon é real, e muito, muito grave.

A que ponto chegamos com nosso futebol: a saída para salvar o Corinthians de um possível rebaixamento pode ser liberar uma das maiores promessas do clube nos últimos anos.

Lateral Pedro deixa concentração e é afastado pelo Corinthians
O lado ruim nessa notícia é que ele ainda pode voltar.

Domingo, 22/07/07

Corinthians perde para Náutico em casa e decepciona torcida
Já virou rotina, não? Ridículo. O que mais posso dizer? Analisar aspectos táticos e técnicos do jogo é inútil, porque o time está contaminado pela situação política e financeira do clube. Afastar o Dualib é imperativo.

Após derrota do Corinthians, torcedores protestam na casa de Dualib
Talvez amanhã eu dê uma pssada lá para ajudar... a colocar mais lenha na fogueira, óbvio.