quarta-feira, 20 de junho de 2007

Bah, Porto Alegre é tribom

A tarde seguia preguiçosa na ensolarada, mas fria, sexta-feira, essa que acabou de passar. Cafés deliciosos e doces bem montados saíam a todo momento da cozinha e o entra-e-sai de mulheres elegantes era freqüente. Fiquei absolutamente inebriado. A cena que descrevi aconteceu no charmoso Café do Porto, em Porto Alegre. Um aviso: todo homem de bem deveria conhecer a capital gaúcha.

Porto Alegre tem fama de ser um celeiro de mulheres exuberantes, talvez as mais lindas do Brasil. E é exatamente na região do Café do Porto, precisamente na Rua Padre Chagas, onde se pode comprovar essa fama – justa, ressalte-se. Lá comecei a escrever esse modesto texto que segue.

De carro, e muito rápido chegar a qualquer lado de Porto Alegre. Uma ótima idéia é tirar um dia inteiro para desfrutar as belezas da cidade, que tem espírito cosmopolita, mas respira ares provincianos. Assim, valeu a pena dar uma passada no Mercado Público. A orla do rio Guaíba é um passeio que tem o seu valor. Mas foi especialmente bacana conhecer o Parque Moinhos de Vento, o Parcão. É admirável a freqüência dos encontros no parque, como também é incrível a quantidade de gente bonita que circula por lá. Muitas rodinhas se formam e dá-lhe chimarrão. Sortudo, acabei sendo apresentado à tradicional bebida dos pampas.

Eu sei, meu caro leitor, esse blog é sobre futebol. Vou chegar lá. A extensa introdução se fez necessária, tamanho o meu encantamento por Porto Alegre. Mas vamos ao que importa. Na capital gaúcha nasceu o imortal, o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense. E pesquisando a história do clube, descobri um dado curioso: um paulista, é, um paulista como eu, foi um protagonistas da fundação do Grêmio.

Foi assim: os ingleses e alemães que jogavam nos times da cidade de Rio Grande foram convidados para uma exibição em Porto Alegre. No dia da partida, o campinho ficou rodeado de populares curiosos, entre os quais o paulista Cândido, com sua bola debaixo do braço.

Em dado momento, o imprevisto aconteceu. A pelota dos ingleses esvaziou-se. Cândido, então, prontamente, emprestou a sua, garantindo a continuidade do jogo. Como recompensa, ao final da partida, obteve dos jogadores as primeiras lições sobre futebol e, principalmente, deles ficou sabendo como agir para fundar um clube. A história do Grêmio começa a partir daí.

Pois não é que Candido formou aquele que seria um dos mais bacanas clubes brasileiros. O paulista aqui acompanhou, em Gramado, no interior do Estado, o primeiro jogo da final da Libertadores. Os gremistas espalhados pela cidade agiam como se estivessem no campo: não pararam de cantar um só minuto. Mandavam energia positiva para o time e xingavam – e muito – os colorados. O Grêmio, como sabemos, tomou de três, mas nem assim a torcida fraquejou. A postura era a mesma do começo da partida. Comovente, para um palestrino acostumado a xingar técnicos na primeira escalação equivocada e jogadores após o primeiro passe errado.

Pensei: “preciso conhecer o Olímpico”. E fui, mas, desavisado, cheguei ao estádio duas horas antes da partida contra o Cruzeiro pelo Brasileirão. O frio espantou a minha vontade de assistir ao jogo. As horas de espera me trariam certamente uma gripe. Decidi, então, voltar ao hotel, até que encontrei uma orientadora do estádio. Simpática, ela não só me deixou entrar para conhecer o campo, como me contou um pouco da história do clube. Impressionante também foi ver a multidão que se formou em torno do estádio – muitos gremistas, acampados em barracas, faziam fila para comprar o ingresso para a segunda e decisiva partida da final contra o Boca.

Considerando tudo o que eu contei, posso afirmar que Porto Alegre me encantou. Por diversos fatores: a cidade é limpa e interessante; a cidade respira futebol; e claro: as mulheres gaúchas são lindas.

Sendo assim, registro aqui a minha torcida para que hoje o Grêmio atropele o Boca, para alegria das minhas novas amigas que, gentilmente, me cederam um pouco do seu chimarrão e do meu parceiro de balada Luiz Felipe.

Bah, Porto Alegre é tri bom. Grêmio campeão!

8 comentários:

Anônimo disse...

Primeira vez que visito este blog. Admito que é um prazer, quase uma vaidade, ser apresentada com um texto de positivismo ao Grêmio e tanto elogios maravilhosos à minha Terra!! Não posso negar: PORTO ALEGRE É TRI BOM E O GRÊMIO É CAMPEÃO TCHE!!!!!

Anônimo disse...

Realmente as mulheres gaúchas são lindas. Mas o time do Grêmio é um lixo. Não tem pra ninguém hoje: é Boca na cabeça.

João de Barro disse...

Os caras não vão ganhar. Filhos, rezemos!!!
O cara que disse que o Boca é um "Caxias de grife", deveria, primeiro, ser preso e depois, ler um pouco mais sobre futebol.

Anônimo disse...

Sei não, 20 minutos e não tá parecendo que o Grêmio vai enfiar 3 no Boca...

Anônimo disse...

Eu avisei aí em cima, eu avisei...

Don disse...

Pois é Palestrino, tbm adoro Porto Alegre, estarei por lá no mês que vem, mas hoje a cidade acordou menos florida.
Recomendo também a visita a Buenos Aires, a região do porto é mais bonita...

Anônimo disse...

Concordo com o Don. Uma ida a Buenos Aires não faz mal a nenhum brasileiro, independentemente de time (ou mesmo com o time na terceirona). Mas, não será problema algum se a viagem tiver uma escala no Salgado Filho...

Eric disse...

Quer dizer que "é incrível a quantidade de gente bonita" que tem em Porto Alegre? Sei não, mas seria mais adequado para um homem falar em quantidade de "mulher" bonita. Quando fala em "gente" mistura tudo e significa que tem "macho bonito" na história. Isso é uma bosta.