segunda-feira, 14 de maio de 2007

Nem os ovos estão na cesta e já dão o que falar

Duas notas do Painel FC, da Folha de S.Paulo de hoje, dão conta do porquê ser uma fria a tal Cesta de Jogadores que o Alviverde quer montar, já comentada neste espaço (aqui):

Time de estrelas. A oposição palmeirense reclama de a diretoria escolher dois advogados que não são conselheiros para administrar o Palestra Investimentos, nome do fundo com direitos econômicos de jogadores do clube. Um deles é Sérgio d'Antino, empresário de Ana Maria Braga e Adriane Galisteu.

Boleiro. D'Antino já trabalhou para o apresentador Ratinho, cujo filho agencia jogadores de futebol. Já defendeu alguns atletas.

Imaginemos o seguinte: de repente, chega ao Palmeiras um jogador de quem nunca ouviu falar, mas tratado pela diretoria como grande promessa. O rapaz vem de qualquer um desses clubes do interior do Paraná, Malutron, Adap, Maringá, Cianorte etc. O pobre jogador poderia até ser o novo Pelé, mas quem garantiria que a coisa toda não teria o dedo de um empresário interessado em lucrar e fazer seus amigos lucrarem (a família Massa, do Ratinho, tem sua "base" de atuação no Paraná)? Como a diretoria do Palmeiras pode pensar em criar um fundo de investimento em jogadores e colocar no conselho um empresário que é notadamente amigo de um empresário do ramo?

E isso é só o começo - se algo assim vingar, certamente outros pontos nebulosos ficarão sem explicação. Não há saída.

Quer dizer, até há: se os clubes virassem todos empresas, com administração profissional e - quiçá! - capital aberto, seria obrigação dos gestores manterem a transparência e o profissionalismo. Infelizmente, o dia em que isso poderá acontecer ainda não chegou. Governança é algo que passa bem longe dos nossos clubes.

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