quarta-feira, 30 de maio de 2007

Pouco currículo e muita badalação

O clássico contra o São Paulo no último domingo revelou, mais uma vez, a falta de maturidade do Caio Junior. Após o empate – em jogo ridículo e insosso, ressalte-se –, ele comemorou. É. Comemorou o mísero um ponto que o time conquistou. O Palmeiras atuou com covardia e não aproveitou a fragilidade momentânea do adversário. Jogou com desinteresse, só para empatar. Assim, perdeu uma oportunidade única de embalar no campeonato e, ao mesmo tempo, de enterrar o São Paulo numa crise daquelas.

Não gosto do Caio Junior. É politicamente correto demais, bonzinho demais. E a imprensa também acoberta os seus erros, inexplicavelmente. Como técnico, ele está apenas engatinhando. Tem pouco currículo e muita badalação. Ou seja, é apenas uma promessa que, na prática, conquistou um resultado inesperado para o pequeno Cianorte na Copa do Brasil e logrou a vaga na Libertadores para o Paraná, feitos semelhantes aos conquistados por técnicos como Bonamigo, Estevam Soares, Péricles Chamusca, entre muitos outros enganadores.

O Palmeiras tinha que arrebentar o adversário no último domingo. Tinha que pressionar e comprovar sua superioridade – no momento – no campo. Basta observar a insegurança, traduzida em passes fáceis errados e saídas desastradas de bola, demonstrada por alguns jogadores do São Paulo no começo do jogo para constatar uma obviedade: o time do Muricy entrou nervoso, amarelando como nos velhos tempos. O Palmeiras não teve ousadia nem competência para aproveitar.

Depois do jogo, Caio Junior disse para a imprensa que o Palmeiras jogou com três atacantes, pra frente. Bobagem. O time não teve sequer uma chance clara de gol. Caio Junior comentou que o Palmeiras não entrou para empatar. Mentira. No meio do segundo tempo, quando tinha que arriscar alguma coisa, ele tirou o Michael e, de novo, colocou um volante... para, obviamente, segurar o resultado.

Acho que a postura do Palmeiras tem que mudar. Um bom começo seria o Caio Junior resgatar alguns materiais da gloriosa trajetória do clube, que, não custa lembrar, foi o campeão do século 20 no Brasil, pela Placar e pela Folha de São Paulo.

Au au au Edmundo é animal

O meu querido colega Don está equivocado. A torcida do Palmeiras não gritou “Fora Edmundo...” em sua última partida naquela primeira passagem pelo clube. Pelo contrário. No dia 3 de maio de 2005, contra o Bolívar, no Palestra Itália, o Palmeiras ganhou de 3x0, e a torcida implorou: ‘Fica Edmundo, você vai ser campeão do mundo’.

A torcida do Palmeiras idolatra o Edmundo. Sempre idolatrou e alimenta um amor profundo pelo craque. Nem sua passagem pelo timinho sem estádio fez com que a torcida deixasse de reverenciar o jogador.

Edmundo alia duas características que encantam qualquer torcedor: (1) possui técnica refinada, desequilibra(va) com seus dribles desconcertantes e, agora veterano, continua desequilibrando, com passes mágicos e muitos gols; (2) é aguerrido, raçudo, não se contenta com pouco e inflama a torcida com sua vontade de vencer.

Edmundo errou quando não cumprimentou o técnico. Mas tem crédito. Caio Junior ainda não tem e, por isso, vai ter que enfiar a viola no saco e tratar de pensar como técnico de time grande.

Naturalmente...

só poderia vir do São Paulo, cujo apelido todos conhecemos, a iniciativa de, após um jogo, pedir a punição de um atleta do time adversário para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e a comissão de arbitragem da CBF. Se a moda pega...

Pergunta: será que o São Caetano pediu a punição do Souza pela entrada criminosa que ele deu (não me lembro em quem) em um dos jogos das semifinais do Paulista?

Tática antiga

A crise financeira do Palmeiras é vexatória e causa vergonha. A diretoria tenta ofuscar a situação falando sobre a contratação de jogadores. A tática é antiga. O nome da vez agora é o Alex Mineiro(!), refugo que tem 32 anos e só fez um bom campeonato em toda a sua carreira. Tomara que não dê certo.

2 comentários:

Don disse...

Vamos lá:
- A parte pipoqueira da torcida palmeirense (que não é pequena) gritou em coro que Edmundo era traidor. Procure em arquivos da época.
- "O procurador-geral do STJD, Paulo Marcos Schmitt, confirmou à reportagem da GE.Net que já se adiantou ao clube e entrou com o pedido para ter as fitas do lance. “Já dei entrada e estou aguardando o vídeo. Vi o lance, foi um ato desnecessário e vou oferecer a denúncia no artigo 254 (entrada violenta). O São Paulo pode até entrar com a representação, mas já me adiantei”, indicou Schmitt.
- Em fase decisiva do Brasileiro, o SP passou pela mesma situação, quando Lenílson era titular e ficou suspenso após análise de imagens pela TV. Como no último clássico, não havia levado nem cartão. Falta de critério, ou é medo mesmo?!
- Souza foi punido em campo, com cartão.

Palestrino disse...
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