segunda-feira, 11 de junho de 2007

Chinelada da semana

Precisei encomendar um lote inteiro das legítimas para meu homenageado desta semana. Que chovam Asbaianas na cabeça de Wanderley Luxemburgo por 365 dias.

Não é só pela eliminação diante do limitado Grêmio de Patrício, Lúcio (“seu vagabundo/ é o pior lateral do mundo”), Teco-Tcheco e Diego Souza que estou irritado, embora isso fosse mais que suficiente.

Suficiente, não surpreendente: como aconteceu em todas as outras Libertadores das quais o técnico participou, seu time foi desclassificado por um adversário tecnicamente inferior. Evidência inequívoca da sua falta de capacidade para comandar uma equipe vencedora nesse torneio.

Eu quis esperar passar o período de auto-indulgência depois da dolorosa eliminação de quarta-feira passada, quando o sentimento predominante ainda era de orgulho pelo brio demonstrado pelo time neste segundo jogo das semifinais da Libertadores, para falar sobre o jogo. Se escrevesse quinta ou sexta, eu estaria falando com o coração, não com a cabeça.

Cabeça fria, fica o óbvio: o Santos não perdeu a classificação na Vila. A derrota veio uma semana antes, no Olímpico, quando comissão técnica e jogadores se acovardaram (ou se acharam muito superiores). O regulamento da competição, como eu alertara antes, é muito cruel com quem é covarde fora de casa.

Mas qual a surpresa em Luxa ser covarde fora de casa, afinal? No ano passado inteiro, o Santos não venceu nenhum – repito: NENHUM – jogo atuando fora do Estado de São Paulo. O Luxa vem sendo covarde faz tempo... se mantiveram-no no comando, só poderiam ter um time frouxo.

No jogo da Vila, Luxa inventou. Por que ele, que sempre escalou Ávalos ou Marcelo ao lado de Adaílton, resolveu colocar Domingos como titular justo contra o Grêmio? Ele estava na cobertura e tomou uma caneta no lance que originou o gol. Isso sem falar em Podrinho, cisca-cisca resgatado do esquecimento pelo Luxa, que nada de produtivo fez na Vila até hoje...

O lance do gol do Grêmio na Vila merece um comentário à parte. Ontem, o time tomou um gol no Beira-Rio da mesmíssima posição, com o jogador (Alexandre Pato) igualmente livre. É evidente a falha recorrente no sistema de marcação: sem Maldonado em campo, ninguém marca a segunda bola.

Lembro de um Luxa corajoso, que lançava seu time ao ataque e doutrinava atletas a buscarem goleadas, que exigia bons jogadores e falava grosso quando o clube se negava a contratar, que enxergava em atletas desconhecidos potencial para craques.

Agora esse Luxa busca o zero a zero fora de casa, contenta-se com qualquer reforço iratiense indicado por um amigo e aposta em Domingos e Pedrinho. Pra completar, só falta pensar como iratiense, contentando-se com um quinto ou quarto lugar no Brasileiro.

Luxa virou técnico de time pequeno. Pode ir para o Palestra, onde o Paulistinha é tratado como Copa do Mundo.

Eu quero a Libertadores.

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