domingo, 10 de junho de 2007

Técnico burro, time idem

O palestrino galego que me perdoe por parafrasear sua idéia de título, mas não encontrei outro que melhor pudesse expressar o que quero dizer.

Não foi a derrota para o Inter que me aborreceu hoje - se bem que, pelo estado do gramado, se o Santos tivesse um Eurico Miranda da vida na diretoria o jogo NUNCA teria começado.

O realmente irritante foi o fato de mais uma vez o time ignorar o estado do gramado e passar 80, 90% do tempo tentando jogar com toques curtos, trocar passes, quando a piscina em que se transformou o Beira-Rio claramente não permitia isso.

O Inter, mais adaptado ao gramado, levantava bolas de todos os lados para a área - e foi assim, por fim, que chegou ao gol.

Sorte? Não. Inteligência. O Inter entendeu melhor os fatores sobre a cancha, e soube utilizar meios para superar os obstáculos.

Essa leitura equivocada de como o jogo deveria ser levado já havia ocorrido na semifinal aquática contra o Bragantino, quando escapamos da eliminação com uma bola na trave no finzinho, e voltou a se repetir.

Quem já leu qualquer coisa mínima sobre estratégia - seja militar, empresarial ou de sucesso pessoal - sabe a importância dada à análise sobre os fatores externos. Não é possível definir a melhor estratégia para uma batalha sem levar em consideração se o terreno da disputa é arenoso, montanhoso ou pantanoso.

Analisar o cenário externo é premissa de qualquer estratégia vencedora. É básico.

Isso posto, fico tentando imaginar o passou na cabeça de Luxemburgo para escalar os leves Renatinho e Marcos Aurélio no ataque, quando a chuva torrencial que inundou Porto Alegre já deixava claro que, se houvesse jogo, seria uma peleja de chutões e chuveirinhos.

A estratégia errada, no futebol ou na guerra, só tem um culpado: o comandante. Nesse caso, com o agravante de já ter cometido o mesmo erro há menos de dois meses.

No caso militar, seria para ser julgado por corte marcial. No nosso caso, fará bem a direção em pensar se é esse "estrategista" que queremos no planejamento para 2008.

Eu certamente não quero.

Nenhum comentário: