terça-feira, 12 de junho de 2007

A paixão pela gorducha dura pra sempre

Hoje, Dia dos Namorados, é uma data que pouco tem a ver com futebol. Salvo um ou outro relacionamento que surgiu nas intermediações de algum estádio ou campinho, o futebol é a causa de celeumas, principalmente às quartas e domingos. E ai daquela esposa ou namorada que ousar interferir no horário sagrado.

Pensando bem, um dia isso já foi verdade. Hoje, o futebol brasileiro não é o mesmo de cinco anos atrás. A qualidade e apelo não se sustentam e o espetáculo está comprometido. Seja pela falta de craques, seja pelo próprio desporto.

Acredito que a única torcida realmente feliz seja a do Grêmio, e sabe-se lá se isso irá durar até o final do ano.

Enquanto isso, todos nós, a maioria da pátria de chuteiras, amarga altos e baixos de humor, deixando os sentimentos nas mãos e cabeças de técnicos burros e nas canelas e bicos das chuteiras de pretensos jogadores de futebol.

Pior do que nós torcedores, quem mais sofre é a bola, maltratada por aqueles que deveriam cuidar dela com o máximo carinho. Lembro da minha primeira bola de capotão, parecida com essa acima. Jogar futebol com ela no asfalto da rua, nem pensar. Ela era digna da quadra da escola, do piso encerado do clube, onde aquele couro prometia durar para sempre.

Ela não durou, mas outras vieram em seu lugar. O importante era que nunca faltasse o item mágico, o brinquedo da criança. O campo podia mudar, mas a gorducha estava lá.

No último final de semana, acompanhei os jogos de vôlei da seleção. Lembrei de um certo Palestrino. Tempos atrás, ele nos deu uma aula sobre o esporte. Eu já gostava e agora passei a assistir com outros olhos. Vale a pena ver a vontade dos atletas e observar as táticas e jogadas.

Preferi não acompanhar o futebol. Desisti de ir ao estádio. Acho que fiz bem. Não pela derrota, isso faz parte, mas me nego a assistir novamente o Souza em campo... Pelo menos posso assistir as partidas de vôlei em boa companhia.

Um comentário:

João de Barro disse...

Dois pontos me chamaram a atenção. Claro que hoje, quinta-feira, é muito mais fácil falar:
1- acho que a torcida do Grêmio já não é a mais feliz, deve ter passado o título para a do Inter (pelo menos até 4a feira que vem).
2- também me recuso a ir no campo ver o Souza, aliás, me recuso a falar sobre essa pessoa.

Li em algum lugar sobre a Seleção dos anos 70 e 80 (creio que foi no blog do Juca): os amistosos enchiam estádios, o Brasil ganhava de 7,8, com gols de Sócrates, Zico, Serginho, Éder....ninguém jamais pediria dispensa de um torneio. É triste acompanhar e torcer hoje ouvindo termos como pré-contrato, procurador, agente, etc.