sexta-feira, 13 de abril de 2007

Avaliação semanal do Rodrigol: Botafogo X Vasco

Caros 12 leitores, após uma semana cheia de textos rebuscados, os quais - tenho certeza - significaram meses de preparação, vocês provavelmente estão com uma expectativa enorme para a sexta-feira. Então aqui estou eu, para cortar este entusiasmo: a sexta-feira é o meu dia. E eu não estou com saco para buscar palavras no dicionário e fazer frente aos meus colegas.

Em compensação, resolvi, logo na estréia, instituir uma coluna fixa: a Avaliação Semanal do Rodrigol. Toda sexta aplicarei meus critérios científicos numa das partidas realizadas a partir da segunda-feira anterior – ou seja, não valem jogos disputados no final de semana.

Os critérios foram definidos de acordo com a visão que tenho do futebol: o que acontece dentro de campo é só parte do espetáculo, e quanto mais politicamente incorreto, melhor. Por isso, os quesitos que você verá no quadro abaixo podem parecer estranhos no começo – mas farão todo o sentido depois, você vai ver.

Além disso, para a avaliação de cada um deles utilizarei a Escala Fareana de Avaliação, sistema métrico que nasceu involuntariamente das ações de Rafael Faro, vulgo Palestrino, participante deste blog. “Uma bosta” é a nota mais baixa, e “Craque”, a mais alta – para ler a descrição completa, clique aqui.

O primeiro jogo a ser avaliado é Botafogo X Vasco, disputado na última quarta-feira, 11 de abril, no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio. Só vale o tempo normal – pênaltis são desconsiderados. Aí vão as notas:

Expectativa pré-jogo: Craque. Clássico, rivalidade, semifinal de Taça Rio (é tosco, mas é legal), a perspectiva do “milésimo” (bom, isso já está ficando chato). Foi o assunto da semana – em Ipanema.

Tática: FRAAACO. Renato Gaúcho entrou num 3-6-1, tendo como único atacante o Romário justo quando ele se torna o cara mais marcado de todos os tempos – ninguém quer levar o “milésimo”, certo? O Bota entrou mais arrumadinho, é verdade. Mas mesmo assim, aos 3’ estava 2 X 0 para o Vasco, o que nos leva ao item abaixo.

Habilidade: Uma bosta. A defesa do Botafogo – Juninho e Alex – deu de presente quatro gols para o Vasco. Sorte deles que o time da colina resolveu retribuir – isso porque o Cássio, goleiro do Vasco, acha que seus dedos têm 20 centímetros a mais do que realmente têm.

Entrevistas do meio-tempo: NORRRMAL. Acho que os sete gols deixaram os jogadores meio atordoados. Apenas declarações políticas.

Polêmicas e erros do juiz: Craque. Teve até tapa na cabeça e bola chutada em cima do adversário não percebidos pelo árbitro Fábio Calábria. O juizão expulsou o Túlio, do Bota, por escutar ele dizer “Vai tomar no C*”, quando o pobre volante disse apenas “Você está louco, porra!” (minha leitura labial não falha). O cara não lava o ouvido faz 10 anos. Nesse momento o banco do Botafogo invadiu o gramado, e a polícia interveio. Depois, Calábria mandou para o chuveiro o Alex Dias, do Vasco, que jogou três minutos e passou um rabo-de-galo criminoso num sujeito do qual o nome eu não me lembro – foi justo, mas ficou com cara de compensação.

Brigas em campo: FRAAACO. Muita polêmica, poucas vias de fato. Entreveros leves.

Entrevistas pós-jogo: Bom jogador. Romário alegou câimbras para fugir das penalidades – obviamente não queria que o “milésimo” saísse desse jeito, além de toda a sorte de brincadeiras que isso iria gerar. Jogadores do Botafogo saíram metendo a boca no juiz (no bom sentido).

Torcidas: Bom jogador. Ecoaram gritos, cantos e palavras de ordem durante todo o jogo – nesse ponto acho que o design do Maracanã ajuda, embora nunca tenha visto um jogo lá. Achei a torcida do Botafogo meio esquentada – com 8' de jogo a sra. Mãe do Juiz já havia sido homenageada duas vezes.



4 comentários:

Eric disse...

Vivas a esse espírito estatístico satírico. Agora é compromisso de sexta, Rodrigol. Quanto aos jogos da Loteca, viva também o país do futebol e dos desesperados. Sensacional. Num próximo post temos de falar daquela federação dos países excluídos da Fifa.

Rodrigol disse...

A VIVA Football Association será foco de um post no futuro, meu caro, com certeza.

Anônimo disse...

Vasco perdendo por loteria. Romário incansável milésimo sem milésimo. Punk Rock Hardcore (Vasco HC).
É uma pena. Mas valeu os comentários em forma de "estatística" (sem ironia).
Obs. O Rogério Ceni continua um Cagalhão!

Palestrino disse...

Legal essa história do Rogério Ceni cagalhão.